MOVING CURATORIAL PROJECT
ART-MAP é um projecto de curadoria artística conceptualizado e gerido pela Madina Zigsnahina.
O projecto explora três planos: criação de condições para a valorização da prática e inovação artística, formação e capacitação de públicos e investigação das potencialidades da expressão artística contemporânea no âmbito patrimonial.
A originalidade da abordagem desta iniciativa consiste na aposta no desenvolvimento de oferta cultural nos museus, articulada com entidades educativas e com turismo cultural. Concentrando na crítica dos efeitos da delimitação entre produtor (artista/instituição) e consumidor da cultura (público/comunidade), o projecto pretende negociar o valor e a significação do “produto cultural”: se é o objecto, seja artístico ou patrimonial em si, ou se é a coesão social e promoção territorial que este objecto pode proporcionar.
O projecto ART-MAP organiza residências artísticas, exposições, festivais de arte e conferências, com foco em diversas áreas artísticas e com uma linha temática transversal: diálogo criativo com o património. Desafiando a desconexão conceptual entre património (tangível e intangível) e arte contemporânea, ART-MAP procura estimular a interacção entre estes domínios, junto dos públicos. Para actualizar a significância do património e sensibilizar para a interpretação de novas obras, visa possibilitar o acesso dos públicos ao mundo do artista: extensão do atelier para o espaço museológico.
A estratégia de desenvolvimento de públicos oferece desafios ao conhecido e conhecimento de novas expressões na proximidade com os criadores.
A rede de espaços que acolhem os eventos oferece enquadramento institucional excelente e diversificado. O objectivo da curadoria é reunir condições de acolhimento exemplares com estratégias de comunicação eficientes para promover actividade artística profissional em Portugal.
A directora artística articula a formação académica com a prática regular da realização de projectos de curadoria junto das identidades locais, direccionados para a correcção de assimetrias na oferta cultural (descentralização), e conta com os apoios das instituições de referência.
